A MODA DOS DOIS-EM-UM


Versatilidade é uma palavra cada vez mais em voga no domínio das rodas, como o é em tanta coisa neste mundo evolutivamente estranho em que vivemos. Das roupas de duas faces, que dão para usar do direito ou do avesso, aos telemóveis que são, cada vez mais, autênticos computadores portáteis, às variantes culinárias lusas que pensávamos estarem estanques no seu acompanhamento com algo alcoólico, mas que também vão bem com uma limonada sem açúcar, tudo tem uma vida paralela.

O que a seguir apresento é mais um exemplo dessa realidade, traduzida numa proposta de duas rodas que dá para usar na cidade ou no campo, para ir para o trabalho ou nos momentos de lazer, optando o seu utilizador por pedalar ou deixar que o motor – eléctrico, claro está! – fique com o serviço mais duro. Ao contrário do que é hábito, o conceito não nasceu em nenhum dos países ‘habituais’, mas sim na Croácia, e dá pelo nome de Greyp G12, sendo que os seus promotores vendem-na sob a assinatura de “uma bicicleta quando quiser, uma moto quando precisar”. Elucidativo!




Vamos nós para os terrenos montanhosos, em modo BTT ou em ‘motocross’, ou fiquemos a pedalar pela cidade e seus ‘arrebaldes’, pelas avenidas, faixas dedicadas ou mesmo nos passeios (mas sem atropelar os peões, ok?) o que precisamos é de uma Greyp G12. 

Os detalhes técnicos estão na página da Greyp pelo que não me vou alargar nesta temática, mas destaco o facto da gestão do modo de condução se fazer através da impressão digital do utilizador. Brilhante! Mete-se – salvo seja… – o dedinho no leitor e ‘bora lá acelerar ou pedalar, mas também se pode introduzir um ‘pin’, com a vantagem de que se os amigos do alheio gostarem dela, lá terão de ter algum trabalho de casa extra para a porem a mexer!


Veja abaixo um pequeno vídeo que ilustra melhor o que acabei de apresentar acima, pois as imagens dinâmicas são muito elucidativas das potencialidades desta mais recente maravilha de duas rodas.


Não encontrei indicação de que já houvesse representante oficial atribuído no nosso rectangulozinho à beira-mar plantado, se bem que a marca croata tenha, no seu ‘site’, uma área reservada àqueles que quiserem defender as cores da casa. Quem sabe se não é um bom investimento! 

Há também uma referência de 6.000 euros como valor a cobrar para os tais representantes que as adquirirem, mas isso, somado com a margem que venham a colocar em cima (dependendo da ganância desses potenciais vendedores), poderia atirar o preço de venda final ao público para algo próximo dos 10.000 euros. Mais um exemplo de como é necessário ter a carteira algo recheada para se ter acesso a algo diferente.

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

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