PACIÊNCIA ORIENTAL


É por demais conhecida a expressão “paciência de chinês”, resultante da reputação deste povo em conseguir suportar estoicamente tarefas enfadonhas sem perder a atenção necessária. Para o que vos trago hoje, ela aplica-se até mais como “paciência de japonês”, já que o projecto “WRX STI vs. StickBomb” é oriundo do país do sol nascente, berço da marca Subaru e do modelo que se pretende promover.


Também os japoneses são exemplo dessa quase infindável característica, fruto de toda uma cultura milenar, assente, entre outros, no provérbio “A paciência é uma árvore de raiz amarga, mas de frutos muito doces”. 

O fruto aqui inerente é o fantástico resultado final de um projecto que envolveu algumas dezenas de pessoas que conjugaram um pequeno veículo à escala, fazendo-o correr contra… centenas de depressores de língua! Para quem não estiver a ver bem a ‘coisa’, são aqueles pauzinhos de madeira que o “sô doutor” nos põe na boca para nos ver as amígdalas ou eventuais problemas que tenhamos na cavidade bucal.

Fotos: SUBARU
Pois é… ele há gente que não tem mais nada para fazer na vida e outros tantos iluminados que, para promover a venda de determinados modelos, investem tempo e dinheiro na concepção destas autênticas megaproduções. Aqui os ingredientes são um ‘pequeno’ Subaru WRX STI, uma unidade minuciosamente impressa em formato 3D, igualzinho ao modelo em tamanho real (coisa que por cá custa 70.000 euros) mas de controlo remoto e mais de 30.000 ‘pauzinhos’, para além da tal paciência, muuuuuuuuuuuuuuuuuita paciência a entrelaçá-los, de modo a dar este fantástico resultado final:


O projecto “WRX STI vs. StickBomb” foi, todo ele, produzido no interior de um estúdio no Japão durante três dias e outras tantas noites, necessárias para entrelaçar os ditos depressores de língua, o que foi feito por várias vezes, já que os diversos percalços ao longo das filmagens por vezes obrigavam a voltar à estaca zero. O carro foi ‘conduzido’ remotamente num percurso paralelo aos pauzinhos de madeira que, estando sobrepostos sob tensão, explodiam à sua passagem, numa apelativa imagem visual. Um processo que se denomina de “stick bomb”, explodindo assim que se retira o pauzinho inicial que serve de detonador. Se quiser ver o tradicional “como se faz”, veja este vídeo:


Uffff… De facto, eu não tenho pachorra para tanto! Por isso, o melhor mesmo é ir a banhos, mas descansem que dentro de uma semana volto com mais rodas neste vosso Trendy Wheels.

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

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